Hospital do Mandaqui usa terapia alternativa

Unidade é a primeira da rede estadual a aplicar reiki e cromoterapia em casos de diversos pacientes

Na sala tranquila e decorada com orquídeas roxas, o único som que se ouve é o de músicas orientais de relaxamento. O volume é baixo, mas suficiente para preencher o ambiente. Ali, pacientes recebem sessões das terapias alternativas batizadas de cromoterapia e reiki.

Nada seria fora do comum se essa sala não ficasse no prédio ambulatorial do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, na Zona Norte da capital, um dos maiores da rede estadual de saúde. O barulho da movimentação de pacientes e funcionários, das ambulâncias chegando com emergências para o pronto-socorro e o clima de tensão de um hospital de grande porte ficam do outro lado da porta.

“O nosso objetivo é que o paciente, ao atravessar a porta, entre em outro mundo, onde é recebido com um sorriso, um abraço”, diz a presidente da Associação de Voluntariado do Hospital do Mandaqui, Edilma Gonçalves, de 65 anos. É ela quem coordena o grupo de sete voluntárias responsáveis  pelos tratamentos. “Acolhemos as pessoas de uma maneira que enfermeiros e médicos não conseguem fazer por falta de tempo”, explica Edilma.

Beneficiados

Pacientes em tratamento de hepatite C, obesos mórbidos e ostomizados (que fizeram cirurgia de abertura de órgão para conectá-lo com o exterior) foram os primeiros atendidos na unidade, a primeira na rede estadual a oferecer tais serviços. Eles são encaminhados por seus médicos, que avaliam se estão em condições de receber o tratamento clínico e o alternativo ao mesmo tempo.

A cromoterapia e o reiki começaram a ser oferecidos em julho de 2012 por iniciativa de Edilma. Já foram atendidos 107 pacientes, entre elas, a dona de casa Maria Auxiliadora, de  75 anos. Ela foi operada por obesidade mórbida e estava em depressão após a cirurgia. Começou a fazer reiki e cromoterapia em julho e hoje se considera completamente bem.

 

Fonte: Diário de S. Paulo

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